O que é e como fazer a sua gestão de portfólio de investimentos?

Acreditar em novas soluções e incentivar projetos inovadores são algumas das características de quem investe. Entretanto, existem inúmeros riscos no caminho entre conquistar uma porcentagem da startup e atingir a consolidação do negócio. Por isso, a gestão de portfólio de investimentos é fundamental.

 

Assumir a frente deste tipo de estratégia pode direcionar os rumos do investimento, melhorando a porcentagem de ganho e amenizando os riscos existentes. É  válido mencionar que, para realizar essa gestão, é essencial que o investidor esteja próximo ao negócio.

 

Quer saber mais sobre este universo? Então continue a leitura deste artigo e conheça as melhores práticas para acompanhar uma startup investida!

Gestão de portfólio de investimentos: o que é?

 

Este é um termo muito conhecido para quem está inserido no mercado das startups. A gestão de portfólio de investimentos, ou gestão da carteira, nada mais é do que o acompanhamento das startups investidas. 

 

Esse gerenciamento ocorre através da orientação dos processos envolvidos nas trocas entre investidor e startup Isso inclui a avaliação dos ganhos, os aspectos que precisam de melhoria e o planejamento dos próximos passos. 

 

Por conta da responsabilidade de ter participação em diferentes negócios, as escolhas do investidor anjo são sempre avaliadas com cautela.

 

Ainda que investir seja um risco, no Brasil, alguns números indicam que muitas pessoas estão dispostas a entrar nesse mercado. De acordo com dados da Anjos do Brasil, em 2019 esse tipo de negociação foi responsável por movimentar R$ 1 bilhão de reais. Esses números refletem um aumento de 9% em relação ao ano anterior. 

 

Vale ressaltar que a diversidade nesse portfólio pode ser o segredo para o sucesso. Isso porque escolher diversos negócios em vários segmentos aumenta a chance de lucro e de assertividade. O cenário pode ser diferente quando todo o portfólio é direcionado para um único segmento de mercado, por exemplo.

 

A figura do investidor é extremamente importante para o crescimento da startup investida. Isso pode ser feito tanto através da contribuição com novas ideias, quanto utilizando o network para auxiliar no crescimento. Agora que você já sabe o que é gestão de portfólio de investimentos, vamos conferir algumas etapas que fazem parte desse processo?

Comunicação com a startup: primeiro passo da gestão de portfólio de investimentos

 

O primeiro ponto de atenção na sua gestão de portfólio de investimentos é a comunicação entre startup e investidor anjo. O alinhamento desse ponto é imprescindível para direcionar os próximos passos da parceria, e deve ter etapas definidas. 

 

Afinal, quando o investidor está alinhado sobre o dia a dia e as decisões da startup, é mais fácil acompanhar os desafios e entender as necessidades de melhoria.

 

Um cenário comum neste sentido, no entanto, é o de investidores que possuem participação em mais de um negócio. Este é um fator que dificulta a presença constante. Para situações como esta, o mais indicado é estabelecer uma rotina fixa para a comunicação. Estipular o envio de relatórios ou uma amostra de dados com periodicidade quinzenal ou mensal pode ser um exemplo.

 

A forma como essa parceria vai evoluir depende de ambos os lados, mas a dica é que todos possam sinalizar as dificuldades, sejam os founders com o direcionamento das próximas ações ou os anjo com a evolução da startup. O segredo é encontrar a maneira correta de comunicação.

Compreensão sobre a diluição

 

A diluição é outro ponto importante que precisa estar definido para ambos os lados na gestão de portfólio de investimentos. Isso porque, na rodada inicial de investimentos, o anjo pagará o valor proporcional ao valuation calculado naquele momento. 

 

Porém, em uma nova rodada, é possível que essa porcentagem adquirida seja diluída junto a dos sócios atuais para ser oferecida aos novos investidores. 

 

O primeiro investidor  pode não concordar com a diluição. Assim, ele pode optar por pagar um valor proporcional ao que será gasto pelos novos parceiros para adquirir a porcentagem que seria transformada. 

 

Entretanto, vale ressaltar que essa negociação deve ser pensada antes da abertura de uma nova rodada. Deve-se também levar em consideração o desejo dos founders e os planos dos anjos.

 

Em alguns casos, a startup assegura o direito de follow on, mantendo esses profissionais nas próximas rodadas e nos planos futuros da instituição. 

Planejamento das próximas rodadas

 

Para manter a gestão de portfólio de investimentos em dia é importante estar atento às próximas rodadas. As novas rodadas de investimento podem acontecer dependendo do momento da startup ou do que está sendo projetado. 

 

Em algumas situações, os founders precisam de capital sem muita definição, e vão para o mercado desejando atingir esse valor, por exemplo. Assim, diversos investidores e fundos podem demonstrar o interesse de investir, e, durante a negociação, as porcentagens, diluições e follow on vão sendo acertados. 

 

Outra forma possível de captação de novas rodadas pode ser quando os founders pensam em um valor que deve ser captado e perguntam para os anjos se desejam investir novamente. Neste caso, a startup vai para o mercado com valores definidos, facilitando a conversa e aumentando as chances de encontrar o negócio ideal. 

O momento da saída

 

Assim como a decisão da entrada, a hora da saída ou venda pode ser uma situação de dúvidas. Isso acontece porque alguns investidores anjo acabam desenvolvendo uma relação especial com a startup. No entanto, com o follow on, o valor investido pode não valer a pena nos próximos meses. 

 

Nessa situação, é imprescindível que o investidor faça uma análise do valor total que foi colocado na negociação. Com isso, poderá analisar as chances de rentabilidade e se compensa ou não permanecer. Se a resposta for negativa, é necessário sinalizar esse desejo para todos os envolvidos, oferecendo a sua porcentagem na próxima rodada ou janela de vendas. 

 

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