Incubadoras estimulam surgimento de empresas com mais inovação
O Brasil tem mais de 400 incubadoras de empresas – em 25 unidades da federação – que abrigam cerca de 8 mil micro e pequenos negócios, segundo a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec). Além de usufruir de boas condições para o desenvolvimento de novos produtos e serviços, as empresas residentes dispõem de cursos de gestão empresarial com o Sebrae, recebem consultorias especializadas, aprendem a elaborar projetos para instituições de fomento e ainda contam com infraestrutura administrativa.
O sucesso deste modelo é comprovado por dados do Sebrae. A taxa de sucesso das empresas apoiadas por incubadoras e parques tecnológicos é de 80%, com índice de mortalidade de 20%.
No XX Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas, realizado em Campo Grande (MS), em setembro, uma das questões mais urgentes entre as abordadas pelos participantes foi a necessidade de linhas de financiamento específicas para os Parques Tecnológicos, que abrigam empresas de vários portes. Atualmente 25 parques operam no Brasil. Dezessete estão em processo de implantação e outros 32 encontram-se em fase de estudo.
“Há um reconhecimento de que vivemos um novo estágio com o trabalho desenvolvido por estes centros de apoio ao empreendedorismo e pesquisa, reforçado até por conta do excelente cenário econômico do Brasil. Mas, no caso particular dos parques tecnológicos, o consenso entre os participantes do encontro em Campo Grande aponta que é preciso criar uma política de estado para essas entidades, com fomentos governamentais específicos que também permitam maior participação do capital de risco privado, inclusive de outros países”, avalia o gerente de Acesso à Inovação e Tecnologia do Sebrae, Edson Fermann.
Ainda de acordo com Fermann, o parque tecnológico é um conceito reconhecido em todo o mundo para estimular produtos e serviços inovadores que atendem a uma crescente complexidade tecnológica do mercado.