Benchmarking e oportunidades de negócios marcam missão catarinense ao Vale do Silício
Empresas do programa StartupSC participaram da conferência TechCrunch Disrupt 2014 e de eventos de relacionamento com investidores e outras startups
A participação de nove empresas catarinenses integrantes do programa StartupSC em missão ao Vale do Silício foi marcada por atividades de benchmarking com o mercado americano de tecnologia e inovação, além de oportunidades de negócios e parcerias. As startups, apoiadas pelo Sebrae-SC, participaram da conferência TechCrunch Disrupt 2014 e puderam expor suas soluções em um pavilhão no evento, por onde passaram investidores e empreendedores de todos os lugares do mundo.
Integram a missão, que iniciou dia 5 de setembro, empreendedores de startups de Florianópolis – YouHome, Truevision, Moblee, Winker, Outclass, We Crowdcasting -, de Joinville – Meus Pedidos e Asaas – e, de Brusque, o Sistema Hiper. Além disso, mentores e apoiadores do programa acompanham todas as atividades das empresas em San Francisco e na região do Vale do Silício.
Benchmarking com o mercado americano e, consequentemente, global, tem sido uma das principais atividades das empresas na missão. Antonio Gonzaga, co-fundador da Outclass, startup que desenvolveu um aplicativo mobile para apoiar o relacionamento entre instituições de ensino, estudantes e pais, teve a oportunidade de aprender mais sobre o mercado educacional americano. “Tivemos contato com uma empresa com atuação global em softwares de gestão educacional, com interesse de se integrar à nossa plataforma mobile”, explica.
Meus Pedidos, Sistema Hiper e YouHome puderam conhecer no próprio TechCrunch Disrupt, bem como em reuniões e visitas a empresas da região, negócios com similidade ou concorrência com suas soluções. Tiago Brandes, da Meus Pedidos, comenta que conheceu no evento um player americano que acaba de chegar no mercado com uma solução voltada a vendedores, segmento que o aplicativo da startup de Joinville atua.
Os empreendedores do Sistema Hiper, que atua com soluções para frente de caixa no varejo, conheceram no TC empresas de diversos países com atuação neste segmento. “Conseguimos fazer contatos excelentes e agendar reuniões com empresas que são nosso benchmarkting no mercado americano e global e que podem se tornar grandes parceiros nossos no Brasil”, aponta Tiago Vailati, CEO da Hiper.
Mesmo cenário foi percebido pelo diretor da YouHome Alexandre Flores, que atua com aplicativos mobile para o segmento imobiliário. O empreendedor conheceu soluções complementares a da YouHome – algumas com possibilidade de integração de recursos, e outras até com possibilidade de levar ao Brasil como solução complementar. “A missão foi importante para conhecer mais sobre mercados fora do Brasil. O mercado imobiliário americano é bem diferente do brasileiro pelo fato dos corretores contarem com um diretório nacional de imóveis”, explica Flores.
Negócios em pauta
Para algumas startups, participar da missão oportunizou o contato com potenciais clientes, ou mesmo parceiros para passar a atuar globalmente. Segundo André Rodrigues da Silva, CMO da Moblee, que desenvolve aplicativos móveis para eventos e feiras, passaram pelo TechCrunch Disrupt profissionais responsáveis por organização de eventos no mercado americano. “Pude conversar no estande com um dos responsáveis por parcerias no TechCrunch e apresentar nossos aplicativos mobile para eventos. Trocamos contatos e há possibilidade de virmos a fornecer para o próprio evento”, comemora Rodrigues.
Segundo Giovane Kuhn, um dos sócios da Truevision, o evento oportunizou contato com grandes players como Samsung, LG e Panasonic. A Truevision desenvolve soluções para permitir que pessoas com daltonismo possam enxergar melhor cores, de acordo com o nível de sua deficiência. “Estar aqui no Vale mostrou o quão próximo e abertos que eles estão para as inovações das pequenas empresas. Isso foi incrível porque este contato pode abrir grandes frentes para a TrueVision”, explica Kuhn. Já para Alexandre Passos, da We Crowdcasting, estar no evento permitiu que desenvolvesse contato com executivos brasileiros que, no Brasil, seria mais difícil alcançá-los. “Conseguimos amarrar melhor as relações e preparar parcerias para o futuro”, aponta o empreendedor, que desenvolve aplicativos para que grupos de mídia possam transformar seus leitores em repórteres.