Novos meios de pagamento: como a pandemia acelerou mudanças no setor
A pandemia causada pelo coronavírus trouxe muitas mudanças para a forma de viver em sociedade. A implementação total ou parcial de home office pelas empresas, o aumento das compras online — não só de comida, mas também de roupas e objetos —, e claro, os novos meios de pagamento, que possibilitam acompanhar toda essa digitalização.
Para entender mais sobre essa mudança, veja neste artigo um panorama sobre as novas tecnologias, e confira algumas tendências que a pandemia trouxe e/ou reforçou para o setor financeiro e de tecnologia.
Além disso, conheça um pouco mais sobre o case da Payface, integrante da 10º turma do Programa de Capacitação Startup SC que desenvolve uma solução de pagamentos por reconhecimento facial.
Acompanhe e vamos lá!
Popularização de novos meios de pagamento
As mudanças que acontecem todos os dias estão cada vez mais ligadas ao mundo digital. Este caminho é vantajoso para todos, já que se ganha em praticidade e rapidez para muitas tarefas. Para acompanhar esse movimento, diversas empresas já estão mudando sua forma de realizar transações pelo meio online.
São processos cada vez mais simples e ágeis, com menos burocracia e cadastros reduzido. Os clientes querem facilidade na hora de comprar de uma loja, e por mais meios tecnológicos, e menos com o dinheiro físico.
A pandemia acelerou essas mudanças que já vinham acontecendo. Com o distanciamento social, muitos clientes finais e empresas optaram por intensificar a adoção de pagamentos online através de dispositivos móveis. Em transações abaixo de R$50,00 realizadas por aproximação de cartão, por exemplo, não é preciso digitar senha, o que ajuda no combate a propagação do vírus.
Alguns exemplos deste tipo de tecnologia são o internet banking (através dos aplicativos das instituições financeiras), de pagamentos por QR code (principalmente com o uso do Pix) e pagamentos contactless (como o cartão por aproximação já mencionado ou o reconhecimento facial).
Novos meios de pagamento em números
Esses novos meios de pagamento e tecnologias habilitadoras cresceram muito em 2020, e a tendência é de manter o ritmo para este ano. Segundo a pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária, entre os meses de janeiro e abril de 2020, o número de transações feitas por pessoas físicas em canais digitais aumentou 19%. Destas, 22% foram por meio de mobile banking.
Segundo outra pesquisa, o levantamento da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços), os pagamentos por aproximação tiveram um crescimento de 456% no 1° trimestre de 2020, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Isso representa uma movimentação de R$3,9 bilhões.
A carteira digital também ganhou mais destaque, já que é possível ter todos os cartões de banco de forma online, contribuindo com as medidas sanitárias e também com a segurança. A Abecs divulgou que cartões débito e crédito, por exemplo, representam 40% do consumo das famílias brasileiras, e tem expectativa de chegar a 60% em 2022.
Já de acordo com a Mastercard, 56% dos brasileiros mudaram o seu comportamento em relação às transações financeiras durante a pandemia. Atualmente, 75% deles estão usando os novos meios de pagamento digitais.
Novos meios de pagamento: tecnologias habilitadoras
O desenvolvimento de diferentes e inovadoras tecnologias habilitadoras para a realização de transações financeiras foi um dos setores com maior evolução durante a pandemia, como vimos nos números anteriores.
Conheça a seguir algumas das principais tecnologias que proporcionam a realização de transações através de novos meios de pagamento.
Contactless
Esse é um dos novos meios de pagamento mais seguros e rápidos. Pagamentos contactless, ou sem toque, promovem uma facilidade para os lojistas, principalmente do ponto de vista da agilização das filas de caixas; e para o consumidor por trazer praticidade.
A Payface, integrante da 10ª turma do Programa de Capacitação Startup SC, é uma fintech especialista nesse processo. “A pandemia acelerou muito o que estávamos esperando acontecer até 2025. Rapidamente as pessoas passaram a ver o pagamento com reconhecimento facial como algo atual e não muito futurista, e as redes varejistas estão demonstrando forte interesse em investir nisso agora”, conta Eládio Isoppo, CEO da Payface.
Um exemplo disso é a adoção por uma grande rede de supermercados de Santa Catarina. “Após validação em estabelecimentos comerciais de Florianópolis (SC), o primeiro piloto do projeto foi implementado pela rede de supermercados Angeloni, também na capital catarinense”, afirma Eládio.
Com a experiência mais rápida, esse meio de pagamento diminui filas e reduz o tempo gasto nesta seção do varejo. A forte tendência que isso representa contribuiu muito para o crescimento em quatro vezes no número de colaboradores da Payface em 2020. “Agora estamos levantando uma nova rodada de investimentos para consolidar presença no varejo offline e também online”, conclui Eládio sobre a tendência identificada e já consolidada.
Reconhecimento facial
Além de novos meios de pagamento digitais, também há novas formas de autorizar essas transações, oferecendo segurança e praticidade para o consumidor. Como é o caso do reconhecimento facial.
Com a tecnologia de reconhecimento facial – a mesma usada em alguns smartphones para destravá-los – o cliente não precisa estar com os cartões físicos. Na China, esse meio de pagamento vem sendo testado com o Alipay. O cliente faz o pedido no autoatendimento, e seleciona essa forma de pagamento. Então, basta sorrir para a câmera, e o pagamento é autorizado.
Aqui no Brasil, a Payface é uma das empresas que desenvolvem esta solução. Segundo Eládio, o que começou com uma câmera na balança de um restaurante a quilo se transformou em um sistema de pagamento por reconhecimento facial hoje amplamente reconhecido e cada vez mais requisitado.
Pix
O Sistema de Pagamentos Instantâneos do Banco Central (BC) — Pix — já está sendo muito utilizado, e formatos como o Open Banking também se desenham como tendências na digitalização do setor financeiro. Com o processo simples do Pix, o BC espera acelerar a digitalização no Brasil, impulsionada pela pandemia. Isso porque, através do Pix, as transações são feitas na hora, a qualquer dia e horário, de forma gratuita para pessoa física e com custos abaixo das taxas atuais para empresas.
Para facilitar ainda mais, é possível cadastrar chaves de acesso junto à instituição financeira de interesse, e assim não se faz necessário informar todos os dados de uma conta para realização da transação. A geração de QR Code também é um caminho possível para o pagamento contactless (leitura do código através da câmera do celular).
Com esses novos meios de pagamento online, os processos financeiros de empresas serão muito mais simples e rápidos. Quer saber mais sobre essas alternativas para ajudar seus clientes a evitar burocracias? Então continue acompanhando o blog do Startup SC e fique em contato com nossos especialistas!