Os principais insights da Missão Catarinense ao SaaStr 2018

Nove startups foram selecionadas para participar do maior evento de SaaS do mundo, o SaaStr 2018. Entenda os principais tópicos debatidos nos três dias de evento.

Durante a Missão ao Vale do Silício, promovida pelo programa Startup SC, iniciativa do Sebrae/SC, em parceria com a Secretaria do Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS),  que oferece capacitação e mentoria para empreendedores nascentes na área de tecnologia, nove startup catarinenses participaram do maior evento de SaaS do mundo, o SaaStr 2018. As palestras mostraram as principais tendências para o setor, abordando temas como cultura corporativa, cloud e internacionalização. Ainda neste ano, alguns empreendedores que participaram da missão vão palestrar sobre sua experiência no primeiro evento voltado para o ecossistema de tecnologia e inovação catarinense: o Startup SC Summit (http://summit.startupsc.com.br/).

O SaaStr aconteceu entre os dias 6 e 8 de fevereiro e reuniu cerca de 10 mil pessoas. As palestras com os líderes das maiores empresas do mundo trouxeram insights e conhecimento para os participantes. Confira os principais destaques dos três dias de evento:

Cultura

A cultura organizacional foi um dos principais destaques do primeiro dia de evento. Uma pesquisa interna da PatientPop revelou que a cultura da empresa era a maior responsável pela retenção de bons vendedores. A HubSpot também abordou o tema e destacou a importância de desenvolver um código de cultura organizacional próprio, e perceber se os funcionários compartilham dos mesmos valores, missão e visão. Para a empresa, a cultura organizacional é um produto que a empresa vende para seus colaboradores e clientes.

Diversidade

Um dos diferenciais da edição deste ano do SaaStr é o maior número de palestrantes mulheres. Segundo o próprio CEO do SaaStr, Jason Lemkin, essa foi uma das preocupações da organização. Em 2016, apenas 34% dos palestrantes eram mulheres. Em 2017, o número passou para 36%, e este ano, 60% deste grupo fosse formado por lideranças femininas. Para a CEO da Blackline, uma das dicas para ter sucesso no ramo é diversificar o time e contratar mulheres. Segundo ela, as mulheres ainda recebem menos de 2% dos investimentos de Venture Capital e são ativos desvalorizado no mercado – mesmo com as habilidades de serem multitarefas e tomadoras de decisões.

Investimento

Alguns empreendedores acreditam que precisam de investimento logo no começo de sua startup. Mas, antes de pensar em investimento, os líderes precisam ter ideias suas ideias amadurecidas e validadas. Um negócio estruturado estará pronto para receber um aporte financeiro no momento certo.

Uma das tendências para os investidores é a solução em cloud. O investimento em software em nuvem aumentou quatro vezes e representa 50% do total investido em seis anos, de acordo com a pesquisa da Bessemer Venture Partners ( BVP).

IPO

A primeira startup a realizar um IPO (oferta pública inicial) foi a Netshoes, em 2017. De lá pra cá, o termo começou a se difundir mais no ecossistema de tecnologia brasileiro, ainda mais com o sucesso da PagSeguro. Mas, para os representantes norte-americanos a decisão de fazer IPO ou não deve deve ser tomada com muito cautela. Nem sempre o IPO é a melhor escolha para a sua empresa. O gestor precisa, antes de tudo, pensar se há a necessidade de capital – que pode ser conseguido por meio de outros tipos de investimentos, não necessariamente uma oferta pública – e também no que esse dinheiro será investido. Mais do que isso, tanto os gestores, quanto o conselho e os colaboradores devem estar preparados com antecedência para qualquer situação. O empreendedor precisa saber prever as métricas da sua empresa e pensar no jogo de longa duração.

Internacionalização

Na palestra, o VP do LinkedIn, Aaitf Awan ressaltou que a expansão é uma grande oportunidade, ignorada pela maior parte das empresas. A empresa continua investindo na internacionalização, tanto que a rede já conta com mais de 70% dos membros fora dos Estados Unidos. Segundo ele, empreendedores que quiserem romper as barreiras geográficas dos seus negócios precisam prestar atenção em cinco pontos principais. Primeiro, devem desenvolver uma estrutura de priorização de mercado a longo prazo e  remover as barreiras locais para adoção das suas soluções. Depois, precisam fechar parcerias estratégicas e manter um relacionamento com o governo local, que podem ser os aceleradores necessários para a expansão da sua empresa. Além disso, os líderes devem se preocupar em construir canais globais de crescimento escalável e evangelizar esse crescimento global sempre.

Experimentação

Separar uma parte do seu orçamento para inovação e experimentação pode ser o diferencial de uma empresa. Para Mada Seghete, co fundadora e líder de Crescimento da Branch, quando se está experimentando, ter paciência para esperar os resultados e aceitar que a maioria dessas ações podem falhar são fundamentais para a inovação. O segredo do sucesso é aprender com esses erros

Comunidade

Outro ponto destacado por Seghete, foi a importância dos meetups. A troca de experiências pode ser o caminho para gerar engajamento das personas com quem você atua e na sua própria equipe. E não precisa ser algo muito complexo, como um grande evento, por exemplo. Ela propôs que as empresas comecem a criar um ecossistema desde cedo e de forma simples.

Startup SC Summit

Alguns dos empreendedores que participaram da missão estarão palestrando no evento voltado para o ecossistema de tecnologia e inovação catarinense: o Startup SC Summit. Entre os selecionados, Marcela Graziano, da Smarket, Daniele Amaro, da Viajor e Nilton Neto, da PagueVeloz, devem trazer para os palcos de Santa catarina um pouco do que aprenderam no Vale  do Silício. Os ingressos para o Startup SC Summit já estão à venda neste site e o evento ocorre nos dias 12 e 13 de julho.