Uma startup começa pelo Modelo de Negócio
Qual é o modelo de negócio da sua startup?
Modelo de negócio é como a empresa gera e captura valor do mercado, ou seja, dinheiro. Sem a certeza dessa ferramenta é praticamente impossível dar continuidade ao projeto. Pare e responda a alguns pontos-chave: quem é o cliente, qual é o problema, como ajudar e como ganhar dinheiro. Muitas startups copiam casos de sucesso de outros países, o que pode ser um risco.
Não ter um modelo de negócio significa, praticamente, que a startup está sem saber qual rumo seguir. É muito comum os novos empreendedores terem uma boa ideia, mas não sabem a real eficácia para o mercado.
Para dar início ao projeto é importante ter a resposta de algumas questões básicas, como: quem é o cliente, qual é o problema, como ajudar e como ganhar dinheiro. A falta de criatividade e inovação também têm levado muitos startups a copiar modelos de negócios que já são conhecidos em outros países.
Um exemplo é o Peixe Urbano, site de compras coletivas, que foi inspirado no Groupon. Esse é um case de sucesso, entretanto, é preciso levar em conta que há diferenças entre os países, sejam elas culturais, econômicas ou mesmo tecnológicas. Por isso, avalie muito bem, pesquisa a real necessidade do mercado para determinado produto e defina o seu modelo de negócio.
Dê vida ao seu projeto antes de buscar um investidor
Para cada empreendedor seu plano é o melhor e merece um investimento para começar. Entretanto, é preciso ter cuidado porque muitos investidores-anjos querem a comprovação de que o projeto funcione. O jeito é arregaçar as mangas e buscar meios próprios, por meio de sociedade ou parcerias, para a elaboração de um protótipo.
Planejar e executar um projeto são etapas fundamentais na área de tecnologia, por isso antes de correr atrás de um investidor torne-o viável. Com um produto que pode ser visto e testado fica muito mais fácil vender a ideia. É claro que para chegar lá, muitas vezes, o caminho é difícil, pois a falta de dinheiro é um grande entrave. Nessa hora, busque parcerias, peça dinheiro emprestado a familiares ou amigos.
Com o protótipo concluído vá em frente. Alguns detalhes contribuem para despertar o interesse de investidores, como: a empresa estar formalizada, a organização nas finanças, os argumentos sobre o diferencial do produto para o negócio, o nível de inovação.
Investidor também é sócio
A falta de informação do que exatamente cabe a um investidor numa startup pode frustrar as expectativas de empreendedores inexperientes. Mas é importante alertar que a atuação de quem injetará dinheiro na empresa será direta, com direito, inclusive, de interferir nas decisões a serem tomadas.
Não esqueça que os investidores anjos são profissionais experientes com capital e em troca desse capital esperam um percentual da empresa investida. Portanto, informe-se sobre o formato ideal dessa parceria.
Especialistas do Sebrae dizem que é preciso ter muita calma ao procurar um investidor. Informe-se primeiro e saiba exatamente o que caberá a cada uma das partes é fundamental para uma parceria saudável e sem imprevistos futuros. A partir do momento que um investidor começa a injetar dinheiro na startup ele também passa a ser sócio, apesar de geralmente não ter uma atuação direta no cotidiano da empresa. Entretanto, ele participa de todas as decisões, como nas demissões ou contratações.
É preciso lembrar também que esse profissional tem uma visão completamente comercial do negócio, o objetivo é o lucro, ao contrário dos empreendedores que abriram o negócio por vocação, paixão ou realização profissional. Essas visões diferenciadas em alguns casos podem implicar em mudanças no foco da empresa, o que pode desagradar a uma das partes.
A dica é que tudo esteja bem claro no papel, ou seja, em um contrato, o que cabe ao investidor e ao empreendedor.