Como colocar em prática um processo de validação de startup?
O mundo do empreendedorismo vem crescendo muito, e com ele, as metodologias para os estágios iniciais dessa jornada, como o processo de validação de startup, já que para começar um negócio e obter sucesso é preciso seguir algumas etapas.
Ao longo deste caminho, o empreendedor descobre e entende sobre o processo, sobre a ideia e se ela será viável. Além de obter insights importantes, que o ajudarão a tornar seu produto mais interessante para seus clientes.
A palestra “Os primeiros passos para montar uma máquina de aquisição”, que aconteceu durante o Case Startup Summit 2020, com André Siqueira e Rodrigo Oliveira, é um ótimo caminho para você se aprofundar ainda mais. Continue lendo este artigo e veja alguns insights da palestra que separamos para você!
O que é validação de startup?
Validação de startup nada mais é do que quando você comprova que uma hipótese é verdadeira. Ou seja, verificar se os seus “achismos” são reais através de provas concretas validadas pelo mercado. Isso porque não adianta você querer vender um determinado produto se não tiver público interessado e precisando dele.
No entanto, o processo de validação de startup não é tão simples assim. A metodologia envolve uma série de etapas de entender e conhecer o mercado, o cliente, a dor do cliente, como seu produto irá ajudá-lo, propostas de valor etc. É preciso passar por todo esse processo para conseguir se consolidar no mundo dos negócios. E assim, ter sucesso na sua empresa.
Etapas da validação de startup
A seguir, vamos falar um pouco mais sobre as diferentes etapas de validação de startup que recomendamos serem seguidas para encontrar o seu espaço no mercado. Acompanhe!
Mercado e clientes
Continuando o processo de validação de startup, vem a parte de conhecer bem o mercado em que você quer atuar e os potenciais clientes existentes nele. Então, pesquise se há ou não uma oportunidade nesse nicho.
Converse com aqueles que seriam seus clientes, entenda quais são suas dores, o que eles pensam, quais desafios têm, que benefícios que esperam receber com um produto como o seu etc. Lembre-se de ser objetivo nessa etapa, evitando respostas superficiais e se concentrando em obter o máximo de informações possíveis.
Construir MVP
O MVP (mínimo produto viável) também faz parte do processo de validação de startup. Essa é a etapa antes de colocar seu produto no mercado, verificando se ele será aceito. A ideia aqui é atingir seu objetivo, com o menor nível de incerteza e o menor gasto de recursos possível.
Antes de fazer o seu MVP, você precisa ter a clareza de qual hipótese será testada sobre o produto. Deve ter seu objetivo claro e mensurável, focado no resultado.
Um exemplo que Rodrigo Oliveira, Cofundador e CMO da StayApp, trouxe durante a palestra já mencionada é sobre sua própria empresa. No começo, ele escreveu um discurso sobre seu produto e levou para diferentes estabelecimentos que encontrou no Google (claro que todos eles faziam parte do que estava desenhado como seu potencial cliente).
Rodrigo comentou o quanto isso deu certo, e que foi mensurando as vendas que aconteciam com esse simples processo. Posteriormente foi aperfeiçoando o processo, comprando palavras-chave e investindo em redes sociais.
Por isso, pense bem na sua hipótese, foque nos resultados que ela trouxer, no tamanho da amostra e no prazo que você estipular. Assim, você testará como seu produto será recebido, e poderá saber onde investir recursos de forma assertiva.
Proposta de valor
Aqui, o fundamental para validação de startup é a proposta de valor que você é capaz de oferecer para o seu cliente. Por isso, entender bem a dor da sua persona é o caminho que levará a sua empresa a ter ideias de como melhorar para o cliente.
“A dica que eu deixo é: seja obcecado pelos seus clientes. Quanto mais você conversa e entende eles, mais você sabe quem são, quais são os problemas, as dores, quem influencia a decisão e onde eles vão buscar informações”, afirma André. “Quanto mais você conhece cada uma dessas coisas, mais fácil fica para você definir em qual canal você vai atuar, em que momento você vai abordar ele, qual proposta de valor você vai entregar”, finaliza.
Product Market Fit
O product market fit é um indicativo de que existem pessoas que estão dispostas a pagar pelo seu produto ou serviço, sendo encontrado através de diferentes pesquisas de mercado. Essa descoberta é um trabalho que não deve ser feito apenas quando se está estruturando a empresa, mas que deve ter uma periodicidade para entender se seu produto ainda está agradando o cliente, e o que pode ser feito para melhorar de forma contínua.
Segundo André Siqueira, Cofundador da RD Station, o primeiro passo em uma startup é ter a clareza do product market fit. “Não faz sentido investir pesado em marketing e querer começar a escalar enquanto você não tem clareza de product market fit. De que o seu produto ou serviço chegou num nível em que as pessoas gostam dele e falam bem dele, sentem realizadas, que ele soluciona um problema real”.
Para chegar nessa ideia, não é possível descrever um único caminho correto. André lembra que há visões e processos diferentes para alcançá-la, variando de acordo com cada negócio e momento. “As visões mais modernas hoje falam muito de o produto ter retenção. Você garantir que as pessoas continuem usando, continuem comprando mais vezes. E depois é conhecer o seu cliente, a jornada de compra, e as características etc”, complementa.
Passando por todos esses passos do processo de validação de startup de uma forma profunda, entendendo e testando hipóteses, você estará a muito mais que meio caminho andado para o sucesso do seu negócio. É sempre importante lembrar que o processo de validação será fundamental para que a sua ideia passe a realmente valer alguma coisa no mercado. Confira mais informações sobre esse tema no nosso eBook.
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